sábado, 20 de novembro de 2010

Notícia que saiu no site Diário de Marília

Por incrível que pareça, a erosão não está tão longe de nós.

Marília é epicentro da degradação de solo, apontam técnicos
Segundo o diretor, uma propriedade com erosão sofre desvalorização de até 40%
As condições geográficas da região de Marília preocupam os técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura que ontem estiveram na cidade para diagnosticar possíveis degradações do solo.
As erosões que afetam tanto o meio ambiente quanto a viabilidade de atividades agropecuárias precisam ser enfrentadas através de políticas públicas. “E para traçarmos estas políticas públicas, necessitamos diagnosticar as regiões”, aponta o engenheiro agrônomo Mário Ivo Drugowich, diretor do Centro de Informações Agropecuárias, o Ciagro, que comandou a reunião.
Além dos 13 municípios abrangidos pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) regional de Marília, a comissão reuniu informações de outras regiões localizadas no Oeste de São Paulo, como Pontal do Paranapanema (região de Presidente Prudente), Médio Paranapanema (região de Ourinhos) e ainda Alta Paulista (região de Dracena).
Segundo observou Drugowich, a região de Marília está no epicentro da degradação de solo por consequência da erosão. Os desastres não são apenas ambientais, mas também econômicos.
Segundo o diretor, uma propriedade com erosão sofre desvalorização de até 40%, além de não gerar uma produção adequada para a competitividade do produtor rural. Diante de tais fatos, famílias acabam deixando o campo e migrando para a cidade na busca por uma melhor alternativa de vida.
“A erosão está ligada ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de muitas cidades da região”, comenta o engenheiro agrônomo Luiz Roberto Rabello, da Cati de Marília.
Segundo análise de Rabello a degradação ocorre em decorrência do tipo de solo, com superficial arenosa e camada de argila interna.

Vales facilitam erosões na região.

Numa análise mais aprofundada, os próprios vales e canyons típicos da paisagem de Marília são tidos como ‘esqueletos’ de imensas erosões geológicas de tempos remotos. Os dados levantados na reunião de ontem serão analisados e servirão para alicerçar as próximas políticas públicas da Secretaria de Estado da Agricultura.
Até junho de 2011 o governo estadual deverá apresentar uma publicação com perfil de conservação de solo em todo o Estado de São Paulo.
Antes do encontro em Marília, a Secretaria de Agricultura analisou as condições de solo de todos os outros setores do território paulista a partir de reuniões regionais em Bauru, Campinas e São José do Rio Preto. A região de Marília é a mais problemática, é a que mais preocupa em termos de erosão.

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